Descobertas
Pareço uma criança com um brinquedo novo!Na semana passada ficamos, eu e uma colega deste curso, discutindo algumas questões sobre os textos lidos; ela começou a passar algumas atividades que deveríamos fazer. Fiquei surpresa, pois uma delas eu não havia recebido e as outras não fazia idéia de "onde" ir para fazer.Pacientemente ela abriu os diferentes ambientes e foi mostrando os caminhos por onde eu deveria seguir. Eu era literalmente uma aprendiz: deslumbrada com as descobertas e com os espaços que nem sabia existirem. Exatamente como devemos sentir os alunos num PA.No decorrer destas atividades fica cada vez mais claro que "somos um laboratório de aprendizagem" e confirma minha idéia, já postada em algum local, que o professor não pode trabalhar com seus alunos aquilo que não vivenciou.Assim, apesar do desespero e do sentimento de incapacidade frente algumas tarefas, ainda temos momentos de grandes descobertas e desenvolvimento pessoal.
Reflexões
Olá, pessoal!
Estou com dificuldade em realizar as tarefas, muito mais pelo exíguo tempo de que disponho do que por qualquer outro motivo. Quando posso, fico "circulando" pelos ambientes, pois para mim é tudo novo. Tenho me dedicado mais aos finais de semana e, também, tenho me detido a leituras ao invés do desenvolvimento das tarefas. Então se puder auxiliar vocês, registro um pouco de minhas análises que têm servido, também, para discutirmos sobre a implantação do ensino fundamental de 9 anos.
O texto da Léa Fagundes "Aprendizes do Futuro..." http//www.mathematikos.psico.ufrgs.br/textos/aprender.pdf nos faz refletir sobre desenvolvimento, ensino e aprendizagem quando coloca que pode haver ensino sem haver aprendizagem; que aprendizagem latu sensu se confunde com desenvolvimento. Penso que esta clareza falta em nossas escolas.
O texto "Conversando com as crianças sobre seus cadernos", escrito por 5 pessoas do Deptº de Psicologia da UFRGS, foi um dos que mais me fez refletir sobre nossas práticas pedagógicas, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental, porque ele nos faz perceber que desenvolvemos uma significação errônea de alfabetização: Uma das idéias centrais desses pesquisadores é que a alfabetização não é diretamente resultante da eficácia da aplicação de um método de ensino, mas antes a recriação de um objeto cultural por um sujeito que busca ativamente o conhecimento inserido em um contexto onde as trocas simbólicas são mediadas pela escrita. E nossas escolas ainda destinam grande parte do tempo para a repetição e não se detêm na construção do pensamento da criança, assim a criança se utiliza da memorização e não chega a operar com a lógica da leitura e da escrita.
Os textos: Qual é a questão? e Perguntas Inteligentes: O que é isto?, e os acima citados, nos remetem a um movimento de reflexão sobre a organização curricular e as metodologias de nossas escolas. As que dispomos hoje estão garantindo a aprendizagem de nossos alunos? E que aprendizagem é essa?