domingo, novembro 19, 2006

Unidade de fluxos, profuso, aberto e não-totalizável!


Pierre Lévy faz uma abordagem sobre educação e cybercultura* que todos os professores deveriam conhecer: “as novas tecnologias da inteligência individual e coletiva estão modificando profundamente os dados do problema da educação e da formação. O que deve ser aprendido não pode mais ser planejado, nem precisamente definido de maneira antecipada.” Ou seja, o conhecimento está ali, construído, elaborado, mas ao mesmo tempo sua aquisição, sua compreensão, sua evolução é um processo extremamente dinâmico, interligado e interdependente que se dá de forma individual e coletiva.
Este fato coloca uma grande interrogação às nossas escolas no que diz respeito ao planejamento dos professores: muitos profissionais, principalmente dos anos iniciais, conseguem “deixar pronto” os Planos de Trabalho para um mês inteiro. Como dar conta da constante mudança que temos em nosso meio? Como inserir a realidade do aluno dentro dos espaços educacionais se o professor já tem previsto suas atividades com tanta antecedência? Como o aluno conseguirá desenvolver sua autonomia sem que o professor abra espaço para suas próprias produções e pesquisas? Com um planejamento antecipado, individualizado, unilateral é possível garantir a construção do conhecimento? Ou, como coloca Pierre Lévy, nossas escolas continuam canalizando-se
“em programas ou currículos que sejam válidos para todo mundo”?

*Capturado em http://www.sescsp.org.br/sesc/images/upload/conferencias/29.rtf

1 Comments:

Blogger Aline_Kunst said...

Olá Denise!
Interessantes as tuas reflexões.
Acredito que é necessário sim planejamento, mas que esse deve ser muito flexível. Temos que ter um rumo e ao mesmo tempo navegar de acordo com o mar...

Boa semana!
Beijos
Aline

terça-feira, novembro 21, 2006

 

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